Um retrato do cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, enquanto o Brasil lida com o grave impacto da pandemia de coronavírus (COVID-19). (Reportagem de Rodrigo Paiva / Getty Images) @rodrigopaivarp
A portrait of Vila Formosa cemetery in Sao Paulo as Brazil deals with the severe impact of the coronavirus (COVID-19) pandemic. (Footage by Rodrigo Paiva/Getty Images) @rodrigopaivarp
A profile of Nilson Garrido shot on May 06, 2020 in Sao Paulo, Brazil. In addition to being a former boxer, Garrido is an ex-marketer, ex-waste collector and ex-security guard. He created the "Garrido Boxing Project" by setting up a boxing ring beneath the Alcantara Machado viaduct shortly after being evicted from his home. The project is maintained by donations and encourages the practice of boxing in order to rescue former drug addicts, and reintegrate homeless people into society by revealing hidden talents. In addition to a boxing ring, the area under the viaduct has equipment donated by a gym and a library. It is also his home. With the social distancing caused by the coronavirus (COVID-19) pandemic, and the closure of non-essential spaces, Nilson has survived with small donations and charities. Street vendors donate food, and the space has served as a parking lot among other revenue-generating activities on May 11, 2020 in Sao Paulo, Brazil. (Footage by Rodrigo Paiva)
Maha Mamo gostaria de poder responder à pergunta “De onde você é?”. Mas não pode. Ela é apátrida.
Filha de pais sírios - o pai cristão, a mãe, muçulmana -, nunca teve nacionalidade concedida. A Síria não reconhece filhos de pais com casamento não oficial. “Eram vizinhos e se apaixonaram. Todos os chamavam de Romeu e Julieta”, conta à BBC Brasil.
Os pais fugiram para o Líbano. Os três filhos também não foram reconhecidos lá. Maha, hoje com 29 anos, se lembra da primeira vez em que se deu conta que era apátrida: “Queria jogar no time de basquete oficial do Líbano, mas não podia”.
São as pequenas coisas que fazem a diferença, diz ela. Aspectos do dia a dia, como alugar livros em bibliotecas, torcer para que chegue o aniversário de 18 anos para tirar a carteira de motorista - “nunca nem pude sonhar com isso” -, ir para festas.
As coisas grandes também: não pode casar, viajar e, no Líbano, precisava fugir da polícia toda vez que via algum agente, já que não tinha documentos. No país, estudou em uma escola armênia, a única que aceitava apátridas.
Desde os 16 anos, conta, escrevia cartas para embaixadas no mundo inteiro com a esperança de que algum país concedesse nacionalidade a ela e aos irmãos. Em 2014, o Brasil os aceitou na condição de refugiados.
“Eu amo o Brasil. Para mim, o Brasil é o país onde eu existi. Foi o primeiro lugar onde eu consegui documentos com minhas fotos e meu nome”, diz.
Ela trabalhou em uma fazenda no interior de São Paulo, ajudando com a parte administrativa e de comércio com outros países.
No ano passado, seu irmão sofreu uma tentativa de assalto em Belo Horizonte e foi assassinado, aos 26 anos.
“Foi uma tristeza bem forte. Mas o Brasil foi o lugar onde eu pertenci e existi. Eu, ele e minha irmã. Então foi um presente para o meu irmão antes de virar essa tragédia toda”, afirma.
Agora, Maha está desempregada, vivendo com a irmã em Belo Horizonte, à espera de que a nova lei da migração do Brasil entre em vigor para tentar regularizar sua situação.
Apesar de viver com documentos no Brasil, concedidos porque ela é tratada como refugiada, Maha ainda é apátrida.
Recentemente, porém, viveu uma alegria: receber no Brasil a mãe, que não via havia quase três anos.
Com a paralisação dos motoristas de ônibus, a estação Pinheiros da linha 4-amarela teve um fim de tarde caótico nessa terça (20).
O Instituto Baccarelli é uma organização sem fins lucrativos que ensina música para mais de 1.200 crianças e jovens carentes ou socialmente vulneráveis em Heliópolis - uma das maiores favelas de São Paulo, com mais de 200 mil habitantes. O Instituto é responsável pela criação da primeira orquestra do mundo surgida em uma favela: a Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Com o impacto social e econômico da pandemia do coronavírus (COVID-19), o Instituto Baccarelli decidiu arrecadar fundos para doações de alimentos e produtos de limpeza e higiene, que foram entregues no dia 25/7/2020 em São Paulo. (Filme @rodrigopaivarp / @gettyimages ). Editor de vídeo: @daxjhooo . Parceria: @aleschneider
Operation Editorial Manager: @alexiadelbene. Agência: @gettyimages. Assistente: @gife2304
@instituto_baccarelli
Instituto Baccarelli is a non-profit organization that teaches music to more than 1200 underprivileged and socially vulnerable children and young people in Heliopolis, one of the biggest favelas in Sao Paulo of over 200,000 inhabitants. The Institute is responsible for creating the first orchestra in the world that emerged in a favela, the Heliopolis Symphonic Orchestra. With the social and economic impact of the coronavirus (COVID-19) pandemic in these poor communities, Instituto Baccarelli decided to raise funds and the donations are used for food, cleaning and hygiene products on June 25, 2020 in Sao Paulo, Brazil. (Filme by Rodrigo Paiva/Getty Images). Video editor: Dário José.
Brasilandia is the neighborhood of Sao Paulo with the highest number of confirmed deaths by coronavirus (COVID-19), with at least 185. Brasilandia is a very popular area and has a large amount of local commerce, churches and street markets, which remain open during the pandemic, even with a government decree that states that only essential services should operate.
Film by Rodrigo Paiva/Getty Images.
@rodrigopaivarp
Pela primeira vez os anarquistas na linha de frente dos protestos de rua do país tiram a máscara e falam à GQ. Entenda quem são os manifestantes que enfrentam a polícia e praticam a violência contra prédios públicos, empresas e bancos
Protesters take to the streets in Largo da Batata during a protest amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic on June 7, 2020 in Sao Paulo, Brazil. The group of people gathered to protest against racism, in favor of democracy and against President Jair Bolsonaro government.
Film by Rodrigo Paiva
@rodrigopaivarp
Maha Mamo is stateless.
Her parents are both Syrian but because her mother is Muslim and her father is Christian their marriage is not officially recognised by the Syrian authorities.
In Syria, you're not given citizenship if your parents' marriage is not officially recognised.
But one country took her...
Vídeo incrível da Getty Images em que participo com algumas imagens. Confiram ⬆️
Grandes riscos e grandes possibilidades. A GQ Brasil mergulhou no mundo do jogo no Brasil e conheceu seus principais personagens, a luta por reconhecimento como esporte e regulamentação da modalidade que hoje só perde, em premiações, para o futebol. Confira a série exclusiva em 6 episódios, liberados semanalmente até o dia 24 de novembro.
an Pereira do Nascimento, 39 years old, conducts training sessions from the roof of his house to residents of Brasilandia amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic on May 10, 2020 in Sao Paulo, Brazil. Ivan, a physical education student, gives "Aulao na Laje" (Roof Slab Class) using a microphone and sound equipment and encourages the neighborhood to use brooms, PET bottles filled with water and even plant pots to exercise. Brasilandia is the neighborhood of Sao Paulo with the highest number of confirmed or suspected deaths from coronavirus (COVID-19).
Kethlin Bernardes, 22, jazz and ballet teacher warms up before the free online classes she gives to residents of Brasilandia at FB Dance Academy amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic on May 22, 2020 in Brasilandia, Sao Paulo, Brazil. Brasilandia is the neighborhood of Sao Paulo with the highest number of confirmed deaths by coronavirus (COVID-19), with at least 185. Brasilandia is a very popular area and has a large amount of local commerce, churches and street markets, which remain open during the pandemic, even with a government decree that states that only essential services should operate.
Film by Rodrigo Paiva/Getty Images
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